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Protocolado hoje no Rio de Janeiro primeiro pedido de impeachment de Crivella

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Após o atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB-RJ), ter sido gravado durante uma reunião totalmente secreta, dentro da sede da Prefeitura, em companhia de 250 pessoas, entre líderes evangélicos e pastores, momento no qual fez inúmeras promessas de facilidades aos fiéis da Igreja Universal, o vereador do MDB-RJ, Átila Nunes, protocolou na Câmara da capital carioca, o primeiro de três pedidos de impeachment contra o prefeito Crivella.

Segundo informações fornecidas por um colunista do Globo, Lauro Jardim, Átila Nunes elaborou uma lista no documento diversificadas iniciativas de Marcello Crivella concedendo privilégios para a Igreja Universal.

Conforme consta em um trecho do texto, o referido chefe do executivo municipal tem administrado a cidade à toque de caixa, no “arrepio da lei e dos Princípios Fundamentais  guias da democracia em vigor no país, assim como também golpeando diretamente os princípios mais essenciais da República brasileira e igualmente da administração pública.

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O pedido de impeachment possui cerca de 60 páginas, Nunes reivindica que haja a “apuração de crime de responsabilidade e infração político-administrativa” e solicita “que seja ao fim o impeachment do prefeito” e ainda “sua inaptidão para exercer função pública por um prazo de oito anos”.

No decorrer do encontro gravado e posteriormente divulgado pelo O Globo, na semana anterior, os respectivos convidados da famigerada reunião secreta receberam instruções para não mexerem em seus celulares.

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Nos áudios do encontro, Marcelo Crivella promete diversas facilidades aos fiéis de sua igreja, indo desde marcação de cirurgias até a regularização do IPTU das igrejas.

Nessa reunião que aconteceu na quarta-feira, dia 4 de julho, conforme informado pelo Jornal O Globo, tanto fiéis como pastores podiam encaminhar qualquer pedido e, em troca, a prefeitura falaria a respeito do que poderia oferecer para os convidados da tal reunião.

A Prefeitura do Rio de Janeiro emitiu uma nota, na qual declarou que a reunião supracitada tinha como intuito efetuar a prestação de contas e fazer a divulgação de serviços importantes para toda a sociedade, entre os quais um verdadeiro mutirão de cirurgias de catarata e um programa chamado “Sem Varizes”.

A nota em questão ainda diz que, desde o começo de sua gestão, o prefeito Crivella já recebeu os mais distintos representantes da sociedade civil, para resolver os mais diversificados temas, não apenas em seu gabinete, mas igualmente no Palácio da Cidade.

Vereadores vão atrás do Ministério Público do Rio de Janeiro

Um grupo composto por 6 vereadores do PSOL entregou, agora de manhã nessa segunda-feira (9), uma representação ao MP-RJ solicitando uma investigação sobre uma potencial improbidade administrativa feita por Crivella.

Tarcísio Motta, vereador do PSOL que é líder da bancada na Câmara, afirmou que é imprescindível que o MP emita algum posicionamento sobre a controversa reunião, na qual teria cometido, de modo flagrante, um crime eleitoral ao efetuar campanha em um espaço público antes do momento apropriado para essa finalidade. Ele disse ainda que o prefeito Marcelo Crivella não poderia favorecer pessoas próximas e aliados.

O procurador geral do Ministério Público Estadual, José Eduardo Ciotola Gussem, disse que já há em andamento um procedimento relacionado a laicidade envolvendo o prefeito Crivella. Ele também se reuniu com parlamentares do PSOL para debater a respeito do impeachment do prefeito.