O grande volume de mortes, que atinge recordes cada vez mais sombrios, levou a prefeitura de São Paulo a instalar duas câmaras refrigeradas para armazenar os corpos que aguardam por cremação no Crematório Municipal Dr. Jayme Augusto Lopes.
Antes da pandemia, a cremação diária do local era de, em média, 30 por dia. Com a pandemia, o número saltou para 42 e, nos últimos dias, superou a capacidade máxima do crematório, de 48. Com isso, a prefeitura decidiu adotar a medida radical.
O crematório possui um sistema capaz de armazenar 60 urnas, mas o número não vinha sendo suficiente para armazenar os corpos que aguardam pela cremação. Com a medida da prefeitura, o número salta para 96.
Segundo uma nota do sistema funerário, o crematório tem um prazo máximo de 48 horas para realizar a cremação após o recebimento dos corpos. A partir disso, a família tem o prazo de 14 dias para receber as cinzas. De acordo com a nota, os prazos vem sendo cumpridos.
Essa não é a primeira vez que o crematório recebe as câmaras para suporte no contingenciamento dos corpos. No começo da pandemia, durante o pico da primeira onda, a medida já havia sido adotada. Agora a prefeitura retomou a medida diante do novo pico.
Essa mesma medida já foi adotada em outras localidades, inclusive fora do Brasil. Um dos episódios mais marcantes foi justamente o uso de sistemas semelhantes pela prefeitura de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Via: g1.globo.com