Beatriz Torres Bachot sofreu a pior dor que uma mãe pode ter que enfrentar, a perda de um filho. Tudo isso foi causado após o seu diagnóstico positivo para a COVID-19 e uma sequência de erros médicos. O caso aconteceu no Alagoas.
Aos 8 meses de gravidez, ela sentiu os primeiros sintomas da doença. Contudo, associou o cansaço ao seu trabalho como cake designer. Em meio ao seu dia corrido, ignorou os sintomas iniciais e continuou a trabalhar. Porém, certo dia, acordou com febre de 40 graus e sem sentir cheiro algum.
Ao procurar uma unidade de saúde credenciada em seu plano, solicitou um teste de COVID-19. Mas, o seu pedido foi negado. A informação foi de que Beatriz não poderia fazer um teste rápido e teria que aguardar o resultado do laboratório.
Procurando um hospital público, teve a mesma resposta de que não poderia ser realizado o teste rápido, além de ter sofrido com deboches.
Apenas após alguns dias e com seu estado de saúde piorando, Beatriz conseguiu conversar com sua parteira que providenciou o teste rápido. Suas suspeitas foram confirmadas.
Horas depois, a cake designer teve o seu parto adiantado devido a doença. Contudo, as unidades de saúde de sua região não tinham condições de realizar o parto.
Por falta de leitos, ela precisou ficar cinco horas aguardando por uma vaga em um hospital que estivesse atendendo gestantes de risco. E ao ser transferida para Maternidade Santa Mônica, descobriu que haviam 15 bebês infectados com COVID-19 na UTI neonatal.
Em todos os hospitais que Beatriz foi atendida, nenhum profissional realizou um ultrassom. Consequentemente, seu bebê morreu devido a sofrimento fetal.
A cake designer ainda precisou lutar pela sua vida, pois o seu quadro de saúde apenas piorava.
Após passar por diversas negligências, ela revelou o desejo de processar o hospital, mas a contratação de um advogado está fora do orçamento da família.
Via: vogue.globo.com