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A “Bancada da Bala” quer ficar responsável pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados

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Além de desejar ter para si a presidência da Câmara, a famigerada bancada da “bala” na Câmara dos Deputados quer controlar também as comissões de Constituição e Justiça, de Segurança Pública e de Direitos Humanos.

Reprodução/Semana On

O objetivo principal de querer estar no comando desse último colegiado é compor um trabalho de certa forma em conjunto com a bancada evangélica, de acordo com o deputado reeleito Capitão Augusto, do PR-SP), que porventura já se candidatou à presidência da Câmara. 

Ele fez um acordo para poder receber no final de 2018, de Alberto Fraga (DEM-DF), que é um deputado que perdeu as eleições na disputa pelo governo de Brasília, o comando da frente relacionada à segurança, mais conhecida como a bancada da “bala”.

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O parlamentar falou para a equipe de reportagem do jornal o GLOBO que o foco é manter na Comissão de Direitos Humanos um deputado, mesmo que seja da frente evangélica, que atue em consonância com a pauta do endurecimento penal.

Além de trabalhar com certos projetos pertinentes à área da segurança, como, por exemplo, o de acabar com a existência das visitas íntimas e também das saídas temporárias em presídios, a Comissão de Direitos Humanos é crucial nas pautas defendidas pelas bancadas religiosas, de acordo com as explanações do Capitão Augusto.

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“Existe muita pauta de interesse não apenas da (bancada da) Segurança Pública, porém sobretudo da bancada evangélica, como a questão de gênero, por exemplo”, cita ele.

Conforme informado pelo deputado, as comissões de Constituição e Justiça, de Segurança Pública e de Direitos Humanos estão entre as três mais desejadas para dar encaminhamento para a pauta defendida pela bancada da bala.

Os projetos prioritários englobam a redução ou o fim da progressão de regime em certas modalidades de crimes e diminuição da maioridade penal, entre outras proposições.

O Capitão Augusto tem buscado o apoio de colegas para dar mais força e corpo a ideia da necessidade de haver um representante da bancada da bala na presidência da Câmara. O aviso, inclusive a parlamentares novos, que se encontram em seu primeiro mandato, é que o poder para a elaboração das matérias relacionadas à segurança reside nas atribuições do presidente. “Fica clara aí então a importância de ter “um dos nossos” na cadeira”, indica o capitão.

Configurando-se como o presidente da bancada da bala no começo da próxima legislatura, o Capitão Augusto intenciona fazer a articulação do movimento de ocupação de uma série de espaços pelo grupo.

A frente conectada à segurança está situada entre aquelas que apresentaram maior crescimento em termos de poder e proporção dentro da Câmara depois da onda de candidatos eleitos relacionados ao setor, principalmente pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro ao Planalto.