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Para ONU, Coreia do Norte continua produzindo armas nucleares

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Um relatório elaborado pelo painel da Organização das Nações Unidas (ONU) que fala a respeito da desnuclearização da Coreia do Norte indica que o país permanece atuando no desenvolvimento de seu programa nuclear. O documento foi obtido por intermédio jornal estadunidense The Wall Street Journal.

“Foram feitos progressos na construção de confiança e na redução da tensão militar, mas há sinais de que a Coreia do Norte mantém seu programa nuclear e balístico”, afirmou a chefe de assuntos políticos da Organização das Nações Unidas (ONU), Rosemary DiCarlo, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, nesta segunda-feira, dia 17 de agosto.

No relatório consta que o regime de Kim Jong-Un estaria estabelecendo negociações de armas e efetuando operações financeiras que quebram as sanções impostas pela organização no ano de 2017.

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As armas, por um lado, teriam sido vendidas para a Síria, Iêmen, Líbia e outros países que estão envolvidos em conflitos atualmente. Outras violações apontadas no relatório englobam importações de combustível da Rússia e da China, concretizadas com procedimentos para evitar ou burlar a vigilância internacional.

“Tais violações tornam ineficientes as últimas sanções, porque driblam a limitação à importação pela Coreia do Norte de petróleo e derivados, assim como o banimento à importação de carvão imposto em 2017”, conforme enunciado pelo relatório.

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Nesta segunda-feira, 17 de setembro, a embaixadora americana na ONU, Nicky Haley acusou a Rússia de operar “como um vírus” a fim de apoiar países que receberam punições pela ONU e declarou que Washingtontem “evidências de consistentes de amplas violações” do país norte-coreano. “A Rússia precisa interromper suas violações de sanções contra a Coreia do Norte. Precisa acabar com seu esforço conjunto para ocultar evidências de violações de sanções”, falou Haley.

No mês de agosto, um outro relatório do Conselho de Segurança da ONU afirmou que a Coreia do Norte continua trabalhando em mísseis nucleares, o que provocou o cancelamento de uma visita do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, ao país asiático e o anúncio de que exercícios militares dos EUA na Coreia do Sul iriam recomeçar.

Os EUA acusaram a Rússia de “violar” as sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte com construção de um projeto ferroviário, a realização de transferências de petróleo e acordos comerciais com o país.

A Rússia, por outro lado, efetuou uma denúncia de que Washington está bloqueando todas as medidas para incentivar a cooperação entre ambas as Coreias e se vale do Comitê de Sanções da ONU como um meio para punir o regime norte-coreano.

A troca de farpas deixou bem claro a polarização de posicionamentos com relação a Coreia do Norte por parte das duas potências. De um lado, existem os EUA, que exerce uma forte pressão por sanções contra a Coreia do Norte. A Rússia, por outro lado, diz que é necessário oferecer estímulos a Pyongyang para prosseguir adiante.

A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, deu uma declaração na reunião do Conselho de Segurança que a Rússia está “violando” as sanções, a despeito de ter dado todo o apoio às resoluções da organização.

“Passo a passo, sanção por sanção, de novo e de novo, a Rússia está trabalhando em geral para minar o regime de sanções”, disse.

Ela igualmente afirmou que seu país tem indícios de “violações russas” das rígidas sanções econômicas impostas à Coreia do Norte.

As sanções “não podem ser uma finalidade em si”, foi a resposta do embaixador russo, Vassily Nebenzia. “Deveríamos, em vez de criar obstáculos, promover a cooperação e o diálogo intercoreano”, disse ele para Haley.