A Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin-Madison está estabelecendo uma parceria com o Facebook para a realização de um estudo que analisa uma questão que os pais desejam que seja devidamente respondida: Quanto as redes sociais impactam a saúde de nossas crianças?
Dirigentes da UW falaram que isso é uma parcela do compromisso da ordem de milhões de dólares do Facebook em compreender a relação entre a utilização de tecnologia pelos adolescentes e o nível do seu bem-estar mental e social.
A Dra. Megan Moreno estará na liderança do projeto. Ela é a chefe da equipe de pesquisa de mídias sociais e saúde da adolescência da UW.
Esta não é a primeira vez que ela trabalha em uma pesquisa dessa natureza com o Facebook, porém seus primeiros estudos não foram oficiais. O Facebook resolver estender a mão para ela agora a fim de que ela possa continuar com sua pesquisa.
A equipe de Moreno avaliará elementos tais como confiança, foco e qualidade de amizades ao longo do estudo clínico não tradicional.
O Facebook e o impacto nas crianças
O progresso tecnológico, apesar de largamente benéfico, apresenta um outro lado. Tomemos como exemplo o caso das redes sociais. Elas, como se sabe, é uma plataforma virtual que possibilita que as pessoas se relacionem entre si, independente de distância e alcance, otimizando tempo, energia e recursos financeiros.
A mais bem sucedida dessas redes sociais é, com toda a certeza, o Facebook. À primeira vista e uso, o Facebook tem um benefício verdadeiro. Amigos que não se falam ou se vêem há muito tempo podem se reconectar; pessoas comuns, que até pouco tempo atrás só sonhavam em se comunicar com suas celebridades favoritas, agora podem de fato fazê-lo.
Mais importante que tudo isso, ela está provando ser uma ferramenta útil na comunicação empresarial, ampliando a visibilidade e os lucros corporativos.
Porém ninguém seria capaz de imaginar a natureza viciante do Facebook. As pessoas, dificilmente separáveis pela distância física e, portanto, não precisando de uma rede social, usam essa plataforma e evitam a interação pessoal.
Sugestões sutis como contato visual, gestos e outros aspectos da linguagem corporal, a pura presença física que enriquece a interação humana são trocadas por uma tela sem alma e bits e bytes de informação. Não estamos nos enganando, achando que isso nos aproxima, quando na verdade está nos afastando?
As crianças são naturalmente curiosas, criativas, enérgicas e altamente adaptáveis. Ansiosos para absorver tudo o que o mundo tem a oferecer, eles também pularam com entusiasmo o movimento da mídia social.
A socialização está agora a somente alguns poucos e meros cliques de distância, e o que há para não gostar em uma plataforma tão amigável que o ajude a transmitir suas opiniões, conquistar novos amigos e se tornar mais popular?
Mas as crianças são bem crianças. Para eles, o agora, este momento é tudo. Um comentário mais duro, uma briga repentina de supostos amigos que provocam impiedosamente, uma sensação de ficar de fora … tudo isso parece desproporcionalmente grande em suas mentes.
Eles não têm a capacidade de raciocinar para sair de tais situações e a falta de uma conexão física só piora a situação. Então, eles desenvolvem hábitos de verificar seu “status” a cada poucos segundos, a ansiedade roendo suas entranhas, a insegurança aumentando a cada minuto.